SAA foi convidada a elaborar o projeto do Pavilhão Comemorativo dos 200 Anos da Imigração Chinesa ao Brasil
PAVILHÃO DO DRAGÃO – EM
COMEMORAÇÃO AOS 200 ANOS DA IMIGRAÇÃO CHINESA AO BRASIL
SHIEH ARQUITETOS ASSOCIADOS (SÃO
PAULO SP)
Agradecemos
o convite para participarmos de mais um importante projeto para a Comunidade
Chinesa no Brasil: o Pavilhão em Comemoração aos 200 Anos da Imigração Chinesa
ao Brasil.
Partimos
do entendimento da arquitetura contemporânea na China – importantes prédios
públicos como os dos Jogos Olimpícos, CCTV, Teatro Nacional, etc todos com formas
bastante inovadoras e distantes da arquitetura do passado.
Por isso,
no projeto brasileiro quisemos evitar a simples criação de um mini-pagode, no
estilo de uma ou outra dinastia chinesa, transplantado para o século XXI e ainda
em um parque público do outro lado do mundo.
Seria a criação de uma colagem fora de época e fora de contexto.
Ao invés
disso, buscamos a essência de elementos da cultura chinesa que poderiam ser
abraçados em um projeto moderno e inovador.
Destacamos 3 desses elementos: a tradicional planta octogonal “pa kua”
com origem no yin-yang, os tradicionais pátios formados por construções
envolventes, e a cultura da dança do dragão como a celebração mais festiva.
Por estes
motivos, nosso projeto para comemorar os 200 anos da Imigração Chinesa ao
Brasil foca em criar um “Pavilhão do Dragão”, cujo “corpo” envolve um pátio de
forma octogonal “pa kua” e culmina em uma “cabeça do dragão”. O projeto faz referência ainda, à
coincidência dos 200 anos da Imigração ao Ano do Dragão no Horóscopo Chinês.
Os
visitantes do Parque Villa-Lobos terão a oportunidade de visitar o Pavilhão do
Dragão da seguinte forma: subirão uma suave rampa que os conduzirá até o
interior do pavilhão, 3 metros acima do solo – justamente um mirante com vistas
ao parque enquanto conhecem a história da imigração chinesa ao Brasil.
O
percurso de subida e descida à essas rampas que descrevem o octógono do “pa kua”
são suaves o bastante para que uma pessoa portadora de deficiência física
(cadeirante) possa acessar com tranquilidade.
A idéia é que esse percurso seja alongado e meditativo, justamente como
uma longa jornada de imigração à outro lado do mundo – e à uma cultura muito
distante. Ao percorrer essas segmentadas
rampas, os visitantes serão convidados à ver o parque por ângulos inéditos
passo a passo, à medida que os olhos mudam constantemente de direção e de
altura.
O pátio
central de formato octogonal, envolvido pelo “dragão”, poderá ser arena para
eventos festivos, como a comemoração do ano-novo chinês. A platéia terá visão privilegiada através das
rampas.
O foco do
projeto é traduzir a essência da cultura chinesa sem perder a oportunidade de
promover uma arquitetura inovadora e coerente com o lugar, onde os visitantes possam
conhecer mais sobre à Imigração Chinesa ao Brasil ao mesmo tempo que desfrutam
do Pavilhão do Dragão.