FATO & OPINIÃO
O mercado imobiliário está aquecido, com lançamentos residenciais e comerciais na maioria das cidades brasileiras - e com preços em ascensão. Como arquitetos podem participar mais ativamente desse movimento? É possível propor novas formas de morar, que ultrapassem o apartamento com varanda gourmet, fitness center e fachada pasteurizada? Entrevistamos empreendedores e arquitetos envolvidos com o mercado imobiliário e de incorporação para saber o que falta ao arquiteto para que participe mais desse mercado e quais os caminhos que deve percorrer.
Conversando com colegas, tenho observado o grande desejo de arquitetos em atuar como empreendedores imobiliários. A vantagem está em dar maior autonomia a ideias arquitetônicas - que o incorporador tradicional taxa como inviáveis. As desvantagens estão em assumir o risco financeiro e ter que se envolver administrativamente em questões para as quais temos pouco preparo acadêmico. No México, belos projetos, como os de Javier Sánchez, são empreendidos por toda uma geração de arquitetos interessada em atender à demanda habitacional, com qualidade. Nos Estados Unidos, o arquiteto Jonathan Segal compartilha sua experiência como empreendedor na forma de seminários, dando dicas de como incorporar. Talvez seja hora de nossa categoria se unir em prol de melhores cidades.
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| Leonardo Shieh, arquiteto-sócio do Shieh Arquitetos Associados e professor do curso de arquitetura da Universidade São Judas Tadeu |
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